quarta-feira, 3 de junho de 2009

Próximo de nada


Digo que o Mar me dá muito medo. Imagino a água fria a tocar a minha pele e dá-me arrepios.
O Mar está nos meus pesadelos. As ondas , o som que este emite e a sua forma imponente, assusta-me.
Não digo que o Mar não nos tenha dado o melhor. Afinal , os descobrimentos foram feitos a partir dele, mas acho que o Mar também nos tem dado o pior: os trágicos acidentes de navios e consequentemente as mortes.
O Mar impõe um respeito inabalável. Um respeito que é maior que aquele que os nossos pais nos exigem por eles.
Ouvir as ondas faz-me pensar em coisas tristes, coisas más. Tenho medo da água. No Mar não estamos próximos de nada.
Sempre que sonho com o Mar, acordo muito assustada. O sonho é sempre o mesmo. Estou no areal e a água está a subir muito rapidamente. Eu corro, corro muito, mas a água está sempre atrás de mim, está cada vez mais próxima de mim e, quando chego a um lugar fora do areal e olho para o Mar, vem uma onda e molha-me completamente. Quando acordo desse pesadelo, tenho o meu coração acelerado,a respiração descontrolada, sinto-me com muito medo.
O Mar é magnífico, mas mete muito medo.
Tem segredos e histórias que ninguém consegue desvendar só a olhá-lo.
Eu tenho muito medo do Mar, pois o meu maior receio é estar longe de tudo.
E no Mar não se está próximo de nada.

Ana Silva

domingo, 31 de maio de 2009

Como posso ser feliz?!

-Como posso ser feliz?!

-Apenas te respondo que existe um lugar onde reina a felicidade e que, para seres feliz, só tens que o descobrir e feliz serás.

-Que lugar é esse?!

-Descobre tu...



Caminhando à beira mar,
Vou sentido cada grão de areia,
Entre os dedos dos pés.
Vou sentindo os arrepios,
Que aquela água fria me causa...


O cheiro calmante a mar,
O toque suave que a areia proporciona,
O salto elegante e divertido dos peixes
E as conchas que originam colecções espantosas...


Todos estes sentimentos,
Originaram um terceiro
Dá-me vontade de sorrir
E de chorar.


Vontade de sorrir,
Porque me sinto feliz.
Vontade de chorar,
Porque nunca pensei que,
O lugar onde a felicidade reina,
Fosse o mar...



Enfim... Agora aprendi que,


Para seres realmente feliz,


Só tens que descobrir o mar!



Andreia

Visita ao teatro


Em Lisboa eu estive,
Os Maias eu vi, a 5 de Março,
Teatro da Trindade, eu estive aqui!
Vi o Largo de Camões e do Chiado,
Mas foi pelo Hotel Central, perto do Sodré,
Que queria ter passado.



Parámos à porta do Teatro da Trindade,
Tal como na peça, e entrámos à vontade.
Escadarias enormes nós vimos e, por fim,
À peça de teatro assistimos.


Brilhante peça executada,
Com facilidade, ou não,
Iremos sempre recordar com emoção,
Que Os Maias vimos, com actores de televisão.

Andreia

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Meu amigo mar...


És o mar
És a calma que me invade
És o som que me entra pela janela
És tudo em que penso
Em que penso...
Quando os problemas chegam 
Não posso pensar,
Não posso pensar em mais nada
Só em ti!

Mar...
Meu amigo...
Meu amigo com quem posso contar...

Ajuda-me!
Ajuda-me agora!
Preciso de ti!

Já não sei o que fazer...
já não sei com quem contar...

São tantos os problemas que me invadem...
Invade-me!
Invade-me para eu nao pensar,
Não quero pensar em mais nada!

Leva-me contigo...
Leva-me para bem longe...

Cátia Jorge

sábado, 16 de maio de 2009

Visita ao Teatro da Trindade.

No dia 5 de Março de 2009, fomos ver a peça Os Maias ao Teatro da Trindade.
Na minha opinião, esta visita foi muito útil pois ajudou-me a compreender melhor a história e os personagens. A escolha do Teatro da Trindade para a representação desta peça foi bastante pertinente, uma vez que é neste espaço que os personagens assistem ao sarau, tendo sido nesse episódio que começou a peça.
Eu penso que a peça foi mais interessante do que o livro, talvez devido ao facto de as descrições intensas que aparecem no livro serem vistas e não lidas ou talvez por ter sido mais resumido. No entanto, se não tivesse lido o livro, talvez não tivesse compreendido tão bem a história.
Apesar de tudo, tive pena de não termos podido ver mais alguns dos locais apresentados no livro.
Inês Mesquita, nº 14

Para quem quiser descobrir os prazeres da música, na Malveira...












A Escola de Música da Malveira (EMM) tem já 16 anos e foi fundada por José Carlos, director da escola, e pela junta de freguesia da Malveira. Para ficarmos a saber um pouco mais, fomos visitar a EMM e falar com o director.

Pode relatar-nos como surgiu esta escola?

José Carlos: Esta escola já tem cerca de 16 anos e pretende preencher uma lacuna que havia na região. Esta região, Mafra, tem uma forte componente musical, tem muitas raízes de tradições musicais e houve necessidade de criação de uma escola, pois não havia nada nesta zona que suprimisse essas lacunas. Na altura o executivo da Junta de Freguesia propôs uma parceria comigo, de modo a que fundássemos uma escola de música. Hoje, a escola de música é autónoma e cá estamos a desenvolver o nosso trabalho.

Qual a faixa etária que mais procura inscrever-se na escola?

JC: Nós temos alunos de todas as idades. No entanto, a faixa etária que maior representatividade tem nesta escola vai dos 16 aos 18 anos.

Em média, quantos alunos frequentam esta escola?

JC: Esta escola, por ano, tem cerca de 60 a 70 alunos, nas várias áreas.

Quais as áreas musicais mais procuradas?

JC: Normalmente, há um instrumento que tem um forte peso aqui na escola, que é a guitarra, quer na vertente clássica quer na vertente eléctrica. É o instrumento, por assim dizer, que tem mais peso nesta escola. No entanto, posso dizer que a bateria também tem uma forte componente assim como o piano, o órgão ou o violino. O canto também, sobretudo este ano que temos uma professora com créditos firmados.

Quais são os critérios de admissão na escola? Os alunos são submetidos a algum tipo de pré-selecção para as aulas?

JC: Não. Os alunos não são submetidos a nenhum tipo de selecção. Quando se vêm inscrever, fazem-no numa área ou instrumento e, se sabem, se têm alguns conhecimentos, tentamos colocá-los no nível em que eles estão; se não têm conhecimentos o nível é, portanto, básico.

Pode explicar-nos como funciona esta instituição em termos de programação e avaliação ao longo do ano lectivo?

JC: Sim. Esta escola tem momentos de avaliação, como todas as outras. Aliás é obrigatório qualquer escola ter os momentos de avaliação. O nosso ensino também está dividido por níveis, consoante a aprendizagem e aquisição de conhecimentos dos alunos, havendo, em termos de formação musical, momentos de avaliação.

Pode mencionar alguns eventos de cariz social ou cultural em que se tenham envolvido?

JC: Sim. Normalmente nós fazemos sempre duas audições por ano: uma no Natal e outra no fim do ano lectivo. Também já fizemos parte do júri de um concurso de bandas de garagem que houve aqui na Malveira. Tentamos participar sempre que nos é feita a solicitação, quer em termos de câmara, quer em termos de outras instituições.

Como é gerir uma instituição desta envergadura?

JC: É simples e é complicado ao mesmo tempo. É simples porque, felizmente, temos um leque de alunos que nos permite estar descansados em relação à aquisição de conhecimentos porque eles evoluem, de facto, bastante bem. Também temos uma equipa de professores que dá as garantias necessárias para que eles evoluam, são todos professores mais que experimentados nestas coisas do ensino e em tocar, o que dá alguma garantia à escola e também, se calhar, daí um pouco o nosso sucesso como escola. É complicado no sentido de que são muitos alunos, muitos professores e, às vezes, há situações pontuais, como é óbvio, que acontecem em qualquer sítio, e que poderão ser mais delicadas, mas nunca nada de especial. Em relação aos alunos é sempre relativamente fácil.

Do leque dos vossos ex-alunos já algum obteve notoriedade?

JC: Sim. Temos alunos no Conservatório que foram nossos; temos outros que já estão formados em Musicologia, pela Universidade Nova; temos ex-alunos que tocam em vários grupos de referência...

Não conseguiria referir algum caso especial de maior notoriedade de que tivesse conhecimento?

JC: Não, ou melhor, em termos de visibilidade, às vezes a notoriedade… confunde-se a notoriedade com visibilidade. A visibilidade é aquilo que as pessoas vêem e a notoriedade é aquilo que os alunos são capazes de fazer. Em termos de visibilidade, não. Não, tirando alguns grupos que se formaram aqui na escola, através das classes de conjunto e que depois, inclusivamente, fazem os circuitos dos bares de Lisboa, pronto, e aí sim. Em termos de visibilidade, não. Não, porque não aparecem na comunicação social.

A escola tem alguns projectos futuros?

JC: Sim, uma escola deste género tem sempre perspectivas de futuro, nomeadamente, em relação a melhorarmos sempre aquilo que, eventualmente, for susceptível de melhorar. Em termos de instalações, tentamos melhorá-las sempre, para que possamos proporcionar a melhor qualidade de ensino aos nossos alunos.


Após esta agradável conversa, foi-nos, ainda, permitida a livre circulação pelas instalações da escola. As imagens falam por si…talvez seja também este um pouco do segredo do sucesso da EMM.

Andreia Marcelino, Diana Rolim, Inês Mesquita, Nuno Rodrigues e Soraia Lourenço

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Entrevista a Catarina Sousa


Nunca desistir de um sonho


Assumida impulsionadora da prática do bodyboard entre o público feminino, Catarina Sousa é a representante incontornável de Portugal, nas provas internacionais desta modalidade. Persistente e cheia de energia, Catarina, “a Grande”, entusiasma o público português com a sua paixão pelo bodyboard.

B.I

Nome: Catarina Sousa
Data de Nascimento: 22/04/1997
Pratica bodyboard à: 15 anos
Spots em que surfa: Carcavelos, Guincho, Praia Grande e Ericeira
Melhor onda: Pipeline, Hawaii
Manobra de eleição: Tubo e ARS
País de eleição: Austrália
Patrocínios: Roxy e Eastpak
Melhores resultados:
- Campeã Nacional: 97, 98, 02 e 04
- Campeã Europeia: 98
- Top 8 Mundial – 05
- 1º Lugar na etapa mundial: Venezuela
- 5º Lugar na etapa mundial: Hawaii, Ilhas Canárias e Brasil

Começas-te a praticar bodyboard na Ericeira. Porque é que te interessaste por este desporto? Que idade tinhas quando começaste?

O maior interesse que encontrei quando descobri o Bodyboard, foi por ser praticado ao ar livre e em contacto com a natureza, além de ser no meio aquático com o qual me identifico bastante.
Foi aos 16 anos, através de um primo que fazia já na altura bodyboard, que conheci a modalidade e me cativou a olhar para o mar todo o dia que passava na praia. Até que uma vez decidi experimentar e nunca mais parar.



Qual foi a sensação quando fizeste a tua primeira onda?

Foi lindo. Indescritível! Depois da 1ª onda tive a certeza que seria o desporto de eleição para o resto da minha vida.

A tua família apoiou-te quando decidiste ser atleta?

Sim, sempre apoiou. Embora exigissem que tinha de terminar a faculdade. Eles eram o meu ponto de ligação entre viagens e faculdade, se não fossem eles que seria de mim!
Sabemos que iniciaste o curso em Engenharia do ambiente, mas mudaste para Educação Física e Desporto.


Porquê esta opção?

Na altura não sabia bem o que estudar, mas sabia que queria fazer qualquer coisa ligado ao meu ambiente, pois não me imaginava fechada num escritório para o resto da minha vida. A entrada para a Universidade coincidiu com o início da minha participação em competições. Após o 1º ano em Engenharia do Ambiente comecei a aperceber-me que o que gostava de ser mesmo era atleta de alta competição. Como no Bodyboard ainda não havia muita informação sobre treino decidi mudar de curso para aprender a ser uma atleta. Claro que depois me apercebi que Educação Física era mais do que isso. Mas sem dúvida que foi a melhor opção da minha vida e embora o curso me tenha ajudado nalgumas coisas como atleta, ensinou-me também a poder transmitir aos outros aquilo que aprendi no curso, assim como a experiencia que tenho tido ao longo destes anos.

Foi difícil conciliar o bodyboard com os estudos?

Difícil não digo, mas foi preciso muito trabalho e método. Passei muitos campeonatos a estudar nas horas livres, em vez de surfar. Chegava a estar 1 mês e meio fora de casa e os meus pais a enviarem faxes com a matéria da semana para ir acompanhando as aulas. Isto porque o meu regresso coincidia sempre com a altura de exames e seria difícil assimilar matéria de 1 mês em poucos dias. Ainda por cima como tinha apoio da Universidade e não pagava propinas, sentia-me na obrigação de nunca deixar cadeiras para trás e aplicar-me ao máximo.


O bodyboard está muito presente na tua vida. É difícil conciliar o desporto/ competição, com a tua vida pessoal e outras actividades?

Hoje em dia tudo se torna mais fácil, pois consegui criar o meu próprio trabalho na modalidade e poder viajar a competir sempre que é necessário. Participar no Circuito Nacional, Europeu e Mundial exige muito tempo fora de casa (+ de 25 fins-de-semana a viajar) o que estando a trabalhar por conta de outro se tornaria mais complicado.


Até quando te vês a praticar esta modalidade?

Sinceramente não sei, mas até o meu corpo deixar! A competição, sei que vai ser mais cedo, talvez depois de ter 2 filhos…



Que ensinamentos de vida te trouxe o bodyboard?

São inúmeros… O facto de conhecer outras culturas, aprender o viver com diferentes pessoas que têm o mesmo sonho que eu, os amigos que fazemos ao longo da vida, as viagens e os lugares que conhecemos, aprender a nunca desistir de um sonho sabendo que é necessário passar por vários obstáculos. Enfim, terei anos e anos de histórias para contar aos filhos e netos! (risos)



Como foi a passagem do free-surf para a competição?

Foi muito rápida. Passado um ano de começar a fazer bodyboard decidi logo entrar em campeonatos. Tenho uma natureza muito competitiva e o facto de poder praticar uma modalidade onde se pode participar em competições por livre vontade, fez com que assim que surgisse a oportunidade, a agarrasse.



Devido aos campeonatos viajas muito. Que países já visitaste? Qual gostaste mais?

Bem, sem dúvida que para competir a nível internacional é necessário viajar muito, mas não deixa de ser um sacrifício para mim, muito pelo contrário. Já conheço 18 países diferentes, mas muitas ilhas são colónias de determinados países e outros já foram visitados mais do que uma vez. Alguns deles 7 vezes, como é o caso do Hawaii.
Na Europa, já conheço a Irlanda, Inglaterra, França, Espanha, incluindo as ilhas Canárias, Itália e Portugal, incluindo os Açores e a Madeira. Em África, conheço Marrocos, Cabo Verde e a Ilha Reunião, que é francesa. Na Ásia, já fui à Indonésia e às Maldivas. Na América do Norte tive a oportunidade conhecer São Francisco, Los Angeles, Las Vegas e Hawaii. Na América Central, o México, Venezuela (Isla Margarita e Los Roques), Puerto Rico, Guadalupe e Cuba. Por fim, na América do Sul, conheço a Argentina, e o Rio de Janeiro e Florianópolis, no Brasil.
O que mais gosto, sem duvida, é o Hawaii. O facto de já lá ter ido 7 vezes, faz-me sentir em casa, sou sempre bem recebida e é um lugar maravilhoso.


Quais as diferenças que encontras entre o circuito nacional e as provas no estrangeiro?

A 1ª grande diferença é as condições climatéricas… (risos) Aqui está sempre frio, excepto se tivermos a sorte de ter um campeonato em pleno verão com um dia cheio de calor… Mesmo assim a água é gelada. Por norma, todos os campeonatos fora são em lugares paradisíacos e com climas fantásticos. O pior de todos foi há uns anos, quando uma Etapa do Circuito Europeu passava pela Irlanda.
Relativamente a organizações, Portugal está muito equiparado aos campeonatos lá fora, quer na organização de etapas nacionais como a etapa internacional de Sintra (a etapa mais antiga do Circuito Mundial).



Numa entrevista rápida, no circuito europeu (Miss Sumol Cup), referiste que consideravas as brasileiras as melhores do mundo. Porquê?

Não somente pela técnica, mas pela força de vontade e garra que têm. O povo Brasileiro para mim é muito lutador e acreditam que são capazes de vencer. Na minha opinião, acreditar em nós é um complemento muito importante mesmo se tivermos muita técnica a surfar. Além de que o desporto Brasileiro é muito mais evoluído que o nosso e acabam por ter mais praticantes devido à dimensão do país e nalgumas regiões têm agua quente todo o ano, o que facilita o número de horas de treino.


O que sentes quando competes em casa? O que significa para ti representar Portugal mundialmente?

É um orgulho poder representar Portugal. Quando se joga em casa parece que temos mais obrigação de tirar um bom resultado e isso por vezes cria pressão a nível competitivo. No entanto, os anos de experiencia ensinam a saber dominar esse nervosismo.


Sabemos que tens muito boas classificações, tanto a nível nacional como mundial. Quantos troféus tens e qual os mais importantes para ti?

Sinceramente nunca os contei, mas são imensos e hoje em dia tenho dificuldade em encontrar um espaço da casa para os colocar todos. Mas para mim têm um significado tão especial que se encontra sempre um cantinho. Os que coloco em destaque são de uma etapa do europeu em Sintra, que me deu o titulo de Campeã Europeia em 98, uma etapa do mundial que venci na Venezuela em 2005 e todas as que recebi por ter sido campeã nacional.


Qual foi o momento mais marcante da tua carreira como bodyboarder?
Foram imensos… assim de repente é difícil. Mas talvez no dia em que fui campeã da Europa, tenha sido um dia bastante marcante na minha carreira, pois sem esperar e com adversárias à altura consegui um 1º lugar que me deu o título de Campeã. Outro foi em 2007, num campeonato do Mundo no Hawaii, onde o mar estava gigante e eu achei que não tinha capacidades para enfrentar aquelas ondas! Mas depois o dia foi correndo e acabei num brilhante 5º lugar, depois de ter descido as maiores ondas da minha vida.

Tens algum episódio ou história engraçada que nos possas contar, relativamente ao bodyboard?

Episódios há muitos, principalmente quando comecei a viajar e era inexperiente numa serie de coisas… Mas há certas coisas que até tenho vergonha de contar! (risos)
Talvez vos deixe com uma história mais assustadora que engraçada, do Hawaii. Um dia em que fui para a praia ainda de noite e entrei na água sem poder ter noção do tamanho das ondas. Quando começou a amanhecer, comecei a ver que o mar afinal estava grande e eu nem me tinha apercebido. Super assustada tive 2h no mar sem saber por onde sair… mas sobrevivi!


És uma pessoa que se preocupa muito com o bodyboard feminino, em Portugal. O que achas que ainda está por fazer?

Sinceramente agora acho que terá de partir das meninas perderem um pouco a vergonha e entrar na água. Precisam de ser mais determinadas e ganharem mais garra. E talvez ainda haver mais escolas femininas pelo país.

Dás aulas numa escola, Boogie Chicks, que ensina raparigas a praticar este desporto. Tens muitas alunas? Nas tours que fizeram por Portugal em 2008, tiveram muita aderência? Porque sítios passaram?

Existem já algumas raparigas a querer praticar bodyboard todos os fins-de-semana. No entanto gostaria que houvesse ainda mais. O Tour tinha o objectivo de meter o bichinho do bodyboard nas miúdas que ainda não tinham experimentado, mas parece que às vezes a vergonha é maior do que a vontade. Passamos pelo Porto, Figueira da Foz, Ericeira, Carcavelos e Sagres e o Porto, que ganhou em termos de participantes com cerca de 100 miúdas… Apesar de tudo, durante este verão colocamos mais de 500 raparigas em cima de uma prancha de bodyboard.

Qual a tua opinião acerca do bodyboard feminino, actualmente, no nosso país?

Penso que cresceu bastante, mas é preciso sair um pouco mais da área de Lisboa. O tour do Porto, foi o local com mais adesão, como referi anteriormente, mas o facto de se sentir mais frio durante o Inverno as deixa em casa. No entanto já vemos muitas meninas nas escolas do país inteiro e mesmo a participarem nos campeonatos nacionais.



João Santos, Lia Barros e Catarina Simões